sábado, 24 de maio de 2014

DIGA NÃO AO ABUSO SEXUAL INFANTIL!



Universidade Federal de Lavras
PIBID Pedagogia

O que pode ser considerado abuso sexual?

Ágda Aparecida Ribeiro
Elisabeth Aparecida Alves
Marco Polo Amaral

Como quebrar o silêncio dos alunos em caso de abuso sexual
Fonte: Matéria publicada na Revista Brasil Escola. Edição online

            “Qualquer forma de exposição da criança ou do adolescente a estímulos sexuais que ultrapassem os direitos humanos ou o respeito ao seu desenvolvimento físico, emocional e psicossexual pode ser considerado abuso sexual.
O abuso sexual ocorre quando uma pessoa subjuga outra por meio da violência, do abuso de poder, da autoridade ou da diferença de idade para obter prazer sexual. O abuso pode incluir carícias, manipulação dos órgãos genitais, voyeurismo, pornografia e atividade sexual com ou sem penetração vaginal, anal ou oral, com ou sem uso de violência.
As vítimas de abuso sexual se sentem aterrorizadas, confusas e muito temerosas e, não raro, têm muita dificuldade em contar para alguém que foram vítimas desse tipo de violência, mesmo para pessoas de sua completa confiança. Em geral, elas se calam por não quererem prejudicar o abusador ou provocar uma discórdia familiar. Ou pior: temem ser consideradas culpadas ou castigadas pelo agressor.
O bem-estar da criança ou do adolescente deve ser sempre a nossa prioridade. Portanto, a escuta ativa (quando se ouve de fato o que o outro diz), o acolhimento e a proteção do aluno são muito importantes. O professor pode ser, em muitos casos, o único adulto com quem ele ou ela podem contar.”

Problematizando terminologias, abuso e violência sexual são situações diferentes?

Faria e Paulino (2012, p. 364) salientam a necessidade de não se utilizar o termo abuso sexual, mas sim violência sexual nas situações onde crianças e adolescentes sejam vítimas destes tipos de ofensas, independente do mais  inofensivas que a principio possam parecer, deixando marcas visíveis ou não, devem ser consideradas como uma violência e não como um abuso pois:  “[...] o termo abuso pode denotar ultrapassar limites, mas quando estamos nos referindo a abuso sexual intrafamiliar de crianças e adolescentes será que existe limite?” (RIBEIRO, 2012 p. 364)
“Diante desse cenário, utilizar o termo abuso, em casos de violência sexual contra crianças e adolescentes pode vir a ser fator banalizador do ato de agredir sexualmente, pois pode ser um canal de abertura para que o agressor não se sinta culpado, já que se acredita não ter ocorrido violência por não existirem marcas externas.” (RIBEIRO, 2012 p. 364)
“O ato de abusar de crianças e adolescentes, mesmo diante da ausência de evidencias físicas, é considerado violento quando submetem as crianças e adolescentes a algo não querido, não entendido e em alguns casos nem ao menos reconhecido por ele/as como fato real.” (RIBEIRO, 2012 p. 364)
A violência sexual nunca é consentida por crianças e adolescentes e infelizmente ainda temos discursos do tipo “Se consentiu é porque deve ter gostado”, “Só quando se diz não é que pode ser considerado abuso.” E a dificuldade em se falar sobre a violência sexual, dentro das famílias, das escolas e em outros espaços, faz com que muitas vítimas se calem e não busquem ajuda para denunciar seus agressores e as situações de violência a quais estão expostas.


REFERÊNCIAS
FARIA, Lívia Monique de Castro; PAULINO, Alessandro Garcia. Entre Marias e Preciosas: Textos culturais, gênero e violência sexual. RIBEIRO, Cláudia (org.). Tecendo gênero e diversidade sexual nos currículos da Educação Infantil. Ed.UFLA. Lavras. 2012.  p.355-370.

Revista Brasil Escola. Como quebrar o silêncio dos alunos em caso de abuso sexual. Publicação online em 29 de maio de 2014. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/blogs/educacao-sexual/2014/05/29/como-quebrar-o-silencio-dos-alunos-em-casos-de-abuso-sexual/> Acesso em 06 de junho de 2014.




Nenhum comentário:

Postar um comentário