terça-feira, 23 de dezembro de 2014

TECENDO GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL NOS CURRÍCULOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL – FALAS TEMÁTICAS NOS ENCONTROS

Fala do professor Ricardo Castro e Silva em Campinas sobre "Sexualidades e Infâncias"

Fala do professor Paulo Reis dos Santos para cursistas na UNICAMP - "Preconceito, Discriminação, Direitos Humanos e Homofobia"

Fala da Professora Doutora Tânia Regina de Souza Romero do Departamento de Ciências Humanas/UFLA, para cursistas de Lavras/MG, intitulada:"A Constituição da Sexualidade na Infância pela Escrita da Educadora". (organizando escrita/relatos)

Fala de Thomaz Spartacus e Wescley Dinali, da equipe de Juiz de Fora (UFJF), para as cursistas em Lavras/UFLA/MG sobre "Problematizando Acontecimento e Resistência no Cotidiano Escolar: por uma educação menor?"

Fala do Professor Doutor Anderson Ferrari, em Juiz de Fora: "Mãe! e a Tia Lú? É Menino ou Menina? - Corpo, Imagem e Educação"

Fala da Professora Carolina Alvarenga do DCH/UFLA: "Gênero e Educação Infantil: Uma Relação Necessária."

Fala de Gabriela Silveira Meirelles da UFJF "Linguagens na Educação Infantil e sua Articulação às Questões de Gênero e Sexualidade"

Fala da Professora Doutora Cláudia Ribeiro da UFLA "À Flor da Pele"

"Multiplicidades de (im)possibilidades para (re)siginificar as infâncias" fala da Professora Doutora Cláudia Ribeiro da UFLA

Fala do Professor Roney Polato de Castro, no curso em Juiz de Fora, sobre: "Violência"

Fala do Professor Roney Polato de Castro e da Professora Marilda de Paula Pedrosa, no curso em Juiz de Fora, sobre: "Normal...Anormal...Identidades Sexuais e de Gênero na Educação Infantil"

Fala do Professor Roney Polato de Castro, no curso em Juiz de Fora, sobre: "Gênero e Diversidade Sexual no Projeto Político-Pedagógico?"

Fala do Professor Roney Polato de Castro, no curso em Juiz de Fora, sobre: "Panorama Conceitual:Sexualidade e Diversidade Sexual"


OFICINA: GÊNERO E SEXUALIDADE – PRESÍDIO DE LAVRAS

Por: Juliana Graziella Martins Guimarães

            No dia 25 do mês de setembro, foi realizada na Unidade Prisional de Lavras, uma oficina sobre gênero e sexualidade, que teve como objetivo esclarecer questões referentes a gênero e sexualidade sob a perspectiva da formação da masculinidade e feminilidade a partir dos personagens João e Maria, respectivamente. Além de trabalhar aspectos como afetividade, respeito e interação social, resultando em um momento participativo e prazeroso. Os curtas em formato de desenho animado “Minha vida de João” e “Era Uma Vez Outra Maria” foram exibidos aos alunos, que ao final foram provocados a participarem com reflexões ilustradas por meio de recontos e desenhos das cenas marcantes.
             Durante a exibição da história de João, alguns custodiados manifestaram a respeito das intervenções feitas pelo lápis, dizendo que ele representava a sociedade e tudo aquilo que ela nos impõe.
            Outra manifestação marcante durante a oficina aconteceu no momento em que João engravidou Maria. Para os custodiados ali presentes o choro de João não aliviaria ou diminuiria a responsabilidade de assumir o filho.
            Durante a exibição de “Era Uma Vez Outra Maria”, a maioria constatou que João era o tipo de pessoa que aceitava tudo que a sociedade lhe impunha, ao contrário de Maria que escrevia a sua história como queria, e lutava contra uma sociedade machista repleta de padrões pré-estabelecidos.
            Questões acerca do respeito ao próximo, empatia e lutas contra uma sociedade machista e desigual foram levantadas. Colocações como “pra mulher é sempre mais difícil”, “aí o João perdeu!”, “vai chorar agora João?” estabeleceram uma conversa descontraída e agradável a todos.
            A atividade foi registrada na Intranet da Secretaria de Estado de Defesa Social, possibilitando que outras Unidade Prisionais do Estado partilhassem dessa experiência única e produtiva que rendeu algumas conversas pelos corredores do Presídio e em outros momentos de atendimento aos presos conforme relatos de alguns profissionais que compõe a equipe multidisciplinar de atendimento.

      

MONÓLOGO “O CONTADOR DE HISTÓRIAS”

Por: Juliana Graziella Martins Guimarães

No dia 10 do mês de dezembro, apresentei o monólogo “O Contador de Histórias” para as turmas da disciplina de Psicologia da Educação na UFLA. 
Vestir-me de um brasileiro que é uma exceção nas estatísticas brasileiras, por quem tenho grande admiração, para apresentar a sua história é uma experiência fantástica.
Nas turmas do período da manhã, foi possível perceber a distância com relação a história de Roberto. Os alunos e alunas ali presentes não conheciam a história e sequer sabiam da existência dele. Quanto a instituição FEBEM a maioria não fazia ideia do que era e como essas instituições voltadas a ressocialização de menores não tem estrutura e incentivo para acompanha-los e reintegrá-los à sociedade. Além disso opiniões acerca de redução de maioridade penal como tentativa de redução e até mesmo solução para criminalidade se fizeram presentes.
Foi possível perceber que essas turmas estavam mais interessadas em questões atuais e presentes nas páginas policiais brasileiras, do que a real prova de superação dessas estatísticas por um brasileiro que preferiu escrever e contar sua própria história.
No turno da noite, a turma se mostrou mais interessada. Alguns conheciam a história de Roberto o que possibilitou uma conversa mais fluente e agradável. Não estavam presos às questões policiais e criminais, atendando para os detalhes da história, a desenvoltura e a maneira como o personagem resolvia seus conflitos e a importância de se permitir ser ensinado, ajudado e cuidado. 

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

CASA-GRANDE E SENZALA (1ª Ed.: 1933) Gilberto Freyre

Por: Zélia Clarinda de Assis

Este livro é um excelente texto cultural para caracterizar a historiografia nacional. O nome do autor: Gilberto Freyre dispensa comentários. Sua obra-prima (um monumento com mais de 700 páginas) apesar de ter sido escrito na década de 1930 (com todos os preconceitos epistemológicos da época) continua sendo leitura obrigatória para quem deseja aprofundar sobre a história do Brasil, mais precisamente, sobre as relações sociais entre as três etnias que marcaram a fundação de nossa civilização: a portuguesa, a indígena e a negra. De forma bem agradável e até irônica, sua leitura é um passeio pelos dilemas da sociedade escravocrata, desde o nascimento dos meninos de engenho até a morte dos barões e seus lacaios. O grande mérito do livro foi explicitar as relações de gênero dentro do contexto patriarcal da época (do século XVI ao XVIII), incluindo os desmandos das baronesas, a submissão da mulher perante o marido e a miscigenação com as escravas. Enfim, relações sexuais que são articuladas às relações de poder que vem da monocultura, sejam canavieira ou cafeeira.


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

MENINO TRANSEXUAL QUE VER MENINAS PELADAS NO BANHEIRO

Por: Claudinéia da Conceição Ferreira de Assis Malta

      O vídeo em pauta foi exibido pelo programa de televisão Fantástico na rede Globo e apresenta a luta de uma família dos Estados Unidos que foi obrigada a travar uma batalha na justiça contra a escola de Coy, uma criança transexual de apenas seis anos de idade. A criança foi discriminada pela diretoria do colégio que a proibiu de usar o banheiro das meninas e o dos meninos para não dividir opiniões entre outras crianças.
     Postado no Youtube, o vídeo gerou muitos comentários discordantes. Algumas pessoas não concordaram com o título da matéria, outras não aceitaram que a criança possa ter o direito de decidir ser menino ou menina e que, por estar em formação, o pai e a mãe é que devem decidir. Nos referidos comentários as pessoas tecem conjecturas, se acham perfeitas e julgam as diferenças.
     Fica o desafio: tentar compreender as diferenças. A criança não escolhe ser transexual e a constituição de sua identidade é complexa, enigmática e paradoxal requerendo, fundamentalmente, o respeito à sua singularidade.   


Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=WGXuRMhaQ0I> Acesso em 12 dez 2014.

O DESABAFO DA VIOLENTADA

Por: Natany Avelar

A poesia abaixo foi escrita por uma bolsista do PIBID após iniciar estudos sobre a violência sexual e a pedofilia. O texto estudado compõe o livro Tecendo Gênero e Diversidade Sexual nos Currículos da Educação Infantil (RIBEIRO, 2012). Várias discussões coletivas foram realizadas após a leitura individual do texto e, um dos aspectos evidenciados foi que é importante salientar que os malefícios físicos e psicológicos das violências sexuais são irreversíveis.
“Não é possível mensurar os traumas e não existe como determinarmos o que vem depois da revelação da violência sexual, mas acreditamos que é necessário romper com o pacto do silêncio, denunciando-a em suas diversas formas.” (FARIA e PAULINO In: RIBEIRO, 2012, p. 369).
Tentando descrever os sentimentos e as dores de uma pessoa que sofre com esse tipo de violência, o texto deixa claro que essa violação de direitos pode acarretar marcas, não somente físicas, que ficam por toda vida.



O DESABAFO DA VIOLENTADA

Natany Avelar

Todos os dias eu acordo com vontade de chorar,
Todos os dias eu penso em deixar essa vida.
É difícil tentar esquecer o passado,
Tentar não lembrar o que houve e me vejo sem saída.

Tanta gente vive normalmente
E eu fico pensando: Por que eu?
Por que tanto sentimento ruim?
Onde está Deus?

E quando vejo uma criança, penso em sua situação,
E me vejo, me lembro, me desmorono.
Lembro-me daquele homem de olhar grosseiro,
No quarto, me tirando o sono.

Lembro-me do cheiro de álcool,
De suas mãos ásperas em meu pequeno corpo,
E de seu pedido de silêncio.
Lembro-me do homem, do monstro, do porco.

Não me esqueço do seu toque,
Não me esqueço do meu medo,
Porque se fosse bom, se fosse carinho,
Não seria em segredo.

Aquilo me machucava, por fora, por dentro,
Eu temia por aquilo o dia inteiro.
Todos fingiam não saber de nada
E eu me enganava pensando que seria passageiro.

Acabou, mas não passou.
Acabou porque fugi daquela agonia,
Saí por esse mundo tentando viver melhor,
Mesmo que sozinha.

Agora não tenho ninguém,
Não sei se é bom ou ruim.
Mas fiz o que deveria fazer,
Não sei o que seria de mim.

Hoje um rapaz passou e me deu flores,
Não sorri, pois não tenho motivo.
Aqui no peito ainda tenho um coração,
Não sei morto ou vivo.



REFERÊNCIA
RIBEIRO, Cláudia Maria (org). Tecendo Gênero e diversidade sexual nos currículos da Educação Infantil. UFLA, Lavras, 2012, p. 355-370.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

DEPOIS DAQUELA VIAGEM - Valéria Polizzi


Por : Janaína Vilares Pinto Ribeiro Fonseca

A coragem e a luta da autora, Valéria Polizzi, acabaram por torná-la um símbolo de sobrevivência para os/as portadores/as do temido vírus HIV. O livro é uma auto-biografia da autora, que aos 16 anos contraiu o vírus. Lançou-o em 1999, quando estava com 23 anos, após a insistência dos amigos que pediam para que ela contasse sua história, seus sofrimentos, mas também suas vitórias.
Em forma de diário, em tom coloquial próprio dos jovens, Valéria relata com bom humor e descontração as suas vivências com os amigos, os namoros, o despertar da sexualidade, a angústia diante dos exames e muitas outras coisas que atormentam qualquer adolescente.
O livro é o testemunho vivaz de uma adolescente com sólida formação educacional e familiar que por um desses descuidos cuja razão jamais se alcançará completamente, mantém uma relação sexual sem a utilização do preservativo.
Na obra, ela mostra como, de repente, por causa da quatro letrinhas, sua vida passou por uma reavaliação radical. Ela expõe, sem meias palavras, como a doença mexeu com sua cabeça e com seus sentimentos.
Depois daquela viagem é um livro triste e alegre, tocante e verdadeiro, um testemunho da coragem e da determinação de levar adiante a vida, apesar da AIDS.



A PAPISA JOANA

Por: Zélia Clarinda de Assis

Para os aficionados pela História da Igreja, a disponibilidade do filme “A Papisa Joana” de Bernd Eichinger (2009) no youtube é, sem dúvida, um prato cheio, ainda mais que se trata de uma produção raramente encontrada nas locadoras.
Centrado na história da mulher que se tornou papa disfarçando-se de homem em um período sombrio da Idade Média, a Papisa Joana retrata de forma cruel as sutilezas do sistema patriarcal medieval, onde as mulheres eram proibidas de aprender a ler. De forma geral, pode-se afirmar que o filme foi bem fiel ao livro homônimo da autora americana Donna Woolfolk Cross, que, aliás, se tornou um Best-seller. Diversas cenas revelam os preconceitos da época com relação à capacidade intelectual das mulheres, na qual até mesmo os monges (considerados intelectuais) as consideravam menos inteligentes aos homens. Aliado a essa conjuntura fortemente preconceituosa, Joana ainda viveu o dilema de se apaixonar por um cavaleiro casado e decidir ou não por um casamento tradicional e abandonar a igreja. Apesar de ser considerada uma lenda pela maioria dos historiadores, a Papisa Joana é uma bela estória de crítica e superação de um contexto opressor marcado pela tradição patriarcal e eclesiática.

Ficha
Duração: 2h 20 min.
Lançamento: 2009
Direção: Sönke Wortmann
Com: Johanna Wokalek, David Wenham, John Goodman e outros/as
Gênero: Drama , Histórico
Nacionalidade: Alemanha , Reino Unido , Espanha , Itália

Trailer do filme




REFERÊNCIA
Site Adorocinema. A Papisa Joana. Disponível em: < http://www.adorocinema.com/filmes/filme-121460/> Acesso em 10 de dezembro de 2014

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

MANUAL PARA O USO NÃO SEXISTA DA LINGUAGEM

O que bem se diz bem se entende

Para download e visualização do manual clique na imagem.


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

AS CONCEPÇÕES DE GÊNERO E AS CONSTRUÇÕES SOCIAIS DAS MASCULINIDADES E FEMINILIDADES A PARTIR DOS VÍDEOS “MINHA VIDA DE JOÃO” E “ERA UMA VEZ OUTRA MARIA”

Por: Giane Maria Costa Pereira
Marco Polo Amaral

A separação dos gêneros, a visão e conceitos do que são as atribuições, comportamentos e estereótipos do masculino e do feminino estão presentes em nossa cultura onde, historicamente, as mulheres foram as responsáveis por desempenhar funções ligadas à sua condição biológica de gerar. Como poderiam dar a luz, amamentar, ficaram encarregadas do cuidado com a prole, além do carinho e da demonstração de afeto. Ao homem coube o desempenho de outras funções que não as domésticas e aos cuidados com filhos e filhas.
Desde que nascemos somos educados/as para conviver em sociedade, porém de maneira distinta, caso sejamos menino ou menina. Esta distinção influencia, por exemplo, a decoração do quarto da criança, a cor das roupas e dos objetos pessoais, a escolha dos brinquedos e das atividades de lazer. (BRASIL, 2009 p. 48)
O vídeo “Era uma vez outra Maria” mostra como é a iniciação na vida doméstica e sexual  da maioria das meninas, que constitui ajudar a mãe a lavar, passar e cozinhar, estudar, arrumar um namorado, casar e ter filhos e filhas.
Maria gostava de futebol, mas nem por isso era menos feminina, porém sempre era apartada do universo masculino. No vídeo a vida de Maria não se dá da forma como ela havia planejado, pois engravida cedo e se vê as voltas com o filho, estudos e emprego. No final Maria não fica com João arrumando outro namorado construindo uma história de vida diferente da considerada socialmente ideal.
O vídeo “Minha vida de João” mostra como é a construção da identidade do gênero masculino, permeado por conceitos e concepções machistas, sofrendo influencia da relação do pai e da mãe, do alcoolismo na família, da descoberta da sexualidade, das relações de gênero, abordando ainda questões como o primeiro emprego, a gravidez inesperada da namorada, as doenças sexualmente transmissíveis e a paternidade.
No vídeo João quando fica sabendo da gravidez da namorada se embriaga, e os dois acabam brigando. Ameaçando bater em Maria, João se lembra de situação parecida ocorrida com o seu pai e sua mãe e rapidamente toma outra postura fazendo carinho em Maria aceitando sua condição.
            Nos vídeos estão sempre presentes as figuras do lápis e da borracha que apagam e desenham outras situações e ações para João e Maria, ou seja, representam as imposições que ainda há em nossas famílias e sociedade em geral sobre quais devem ser as características, modos de comportamento e todas as demais concepções idealizadas e ainda arraigadas sobre o feminino e masculino.
A figura do lápis nos dois vídeos poda o sentimento e vontades de ambos, substituindo pelo que é socialmente aceitável e esperado para o masculino e feminino, a exemplo das cenas em que Maria pensa em jogar futebol e o lápis apaga seus pensamentos e intenções colocando uma boneca em seus braços. Da mesma forma quando João começa a brincar com uma boneca e é substituída por uma arma de brinquedo.

“Minha vida de João”
“Era uma vez outra Maria”



REFERÊNCIAS
BRASIL. Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es em Gênero, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Livro de conteúdo. Versão 2009. Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília: SPM, 2009.
“Minha vida de João” (23 minutos) (2001). Produção Jah Comunicações. Direção Reginaldo Bianco. Produtores: Instituto Promundo; Ecos Comunicação em Sexualidade; Instituto Papai; Salud y Género.
“Era Uma Vez Outra Maria” (20 minutos) (2001). Produção Jah Comunicações. Direção Reginaldo Bianco. Produtores: Instituto Promundo; Ecos Comunicação em Sexualidade; Instituto Papai; Salud y Género.

domingo, 30 de novembro de 2014

HISTÓRIAS DE CRIANÇAS TRANSGÊNERAS

Por: Wanessa Nogueira de Abreu

O documentário a seguir, nos mostra histórias de três crianças que nasceram “morfologicamente” meninos ou meninas que não se sentiam confortáveis em seus corpos por perceberem que seus órgãos genitais não correspondiam com o que elas realmente eram, mas com o apoio da família, da escola e dos amigos, suas vidas se transformam.


Meu eu secreto (3/3)

PARTE 1
PARTE 2


PARTE 3


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Direitos Sexuais como Direitos Humanos e Políticas Públicas

III Congresso Brasileiro de Educação Sexual UNESP - UEL - UDESC
V Simpósio de Sexualidade e Educação Sexual
"PARANÁ - SÃO PAULO - SANTA CATARINA"
VII Colóquio Internacional Grupos de Pesquisa sobre Formação de Educadores e Educação Sexual


Florianópolis, 20 a 22 de novembro de 2014


http://labedusex.wix.com/congresso2014

PARA ACESSAR O SITE DO EVENTO CLIQUE NA IMAGEM  


terça-feira, 18 de novembro de 2014

OFICINA REALIZADA NA ESCOLA ESTADUAL AZARIAS RIBEIRO

Por: Monica Andrade
O objetivo desta oficina foi tentar intervir no processo de construção das masculinidades e feminilidades a partir dos questionamentos sobre os brinquedos e brincadeiras.
Utilizando de uma abordagem transversal, foi trabalhado o conteúdo de gênero na disciplina Português, com leitura do texto; artes, com desenhos da parte do livro que as crianças mais gostaram; matemática, com as formas geométricas sólidas e planas.
O ponto de partida para a oficina foi a leitura do livro “O menino que ganhou uma boneca” de Majô Baptistoni.
Em um segundo momento, conversa informal com as crianças, que falaram suas experiências pessoais, foram realizados comentários sobre o livro: se brincar de boneca é somente para meninas, se brincar de carrinho é somente para meninos. No livro, Paulinho tem uma experiência muito positiva brincando de boneca, mas não foi fácil para ele superar, pois vivenciou a dicotomia: eu quero brincar de boneca com eu não posso brincar de boneca, é coisa de menina!
No terceiro momento, desenho livre relacionado ao livro, ”O menino que ganhou uma boneca”.
No quarto momento, as formas geométricas sendo trabalhadas com sólidos. Como no livro “O menino que ganhou uma boneca” os vários presentes que o personagem ganhou retratam as formas geométricas, levamos os sólidos para trabalho. Embrulhamos alguns brinquedos nas formas geométricas, em papel de presente. Foram eles carrinho, boneca, chocalho e bola. As formas levadas: cubo, paralelepípedo, esfera e pirâmide. As crianças teriam que descobrir o que havia dentro do presente, fizemos uma roda no pátio, todas tocaram os presentes,manusearam, opinaram e tiveram que descobrir qual era a forma geométrica sólida. Em seguida, intencionalmente, escolhemos um menino para abrir o presente com a boneca e uma menina para abrir o presente com o carrinho. Todos tiveram contato com todos os brinquedos, que eram passados de uma criança para outra.
No quarto momento, para finalizar esta oficina, entregamos giz a cada uma das crianças e pedimos que desenhassem, no chão do pátio, personagens utilizando-se das formas geométricas especiais: quadrado, triângulo, retângulo, círculo.
Esta oficina foi (e será) de grande valia para desenvolvimento infantil, através de discussões das relações humanas e da implicância destas relações no cotidiano, desencadeando diálogos e reflexões sobre gênero, problematizando os estereótipos na fala e comportamento das crianças.




 

REFERÊNCIA:
BAPTISTONI,Majô. O menino que ganhou uma boneca. Maringá: Ed. Massoni, 2002.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

OFICINA “MINHA VIDA DE JOÃO” E.E. DORA MATARAZZO - 6°, 7°, 8° e 9° ANOS

Por: Juliana Graziella Martins Guimarães
Marco Polo Amaral
Natany Silva

Nascemos biologicamente machos ou fêmeas, mas nos tornamos masculinos ou femininos por meio das relações sociais as quais estamos inseridos/as desde cedo. Essas relações sociais são permeadas por relações de poder, em que ainda há um domínio do feminino pelo masculino, reflexos da cultura machista que ainda é forte em nossa sociedade.
A partir desse pressuposto, a equipe do PIBID, por meio de oficinas pedagógicas desenvolvidas com crianças e adolescentes, têm realizado um trabalho de reflexão e aprofundamento de um tema que deixa professoras e professores tão pouco a vontade e indiferentes às questões que inevitavelmente afloram e se fazem presentes no cotidiano escolar.
O trabalho teve como objetivo principal discutir a questão da construção das identidades de gênero e sexual a partir do que se considera ser masculino ou feminino, bem como a influência da família, mídia, escola e sociedade nessa construção.
Para a realização da oficina, foi exibido e discutido o vídeo “Minha Vida de João”. Em seguida, foi proposto aos/as estudantes que elaborassem histórias em quadrinhos a partir das imagens e situações do vídeo, onde deram "voz" as personagens do vídeo de acordo com as interpretações e experiências pessoais de cada um/a.
Com as diversas discussões suscitadas pelo vídeo, identificamos como é forte influência dos estereótipos e preconceitos em relação à homossexualidade e aos “papeis” de gênero. Os desenhos realizados de forma livre pelos/as estudantes, após assistirem o vídeo corroboraram que essas concepções são notadamente influenciadas por representações as quais os/as estudantes têm contato desde cedo por meio dos grupos sociais aos quais estão inseridos/as, principalmente a família, escola e também a mídia.
As oficinas, usando recursos audiovisuais, podem melhorar a convivência dos e das estudantes na escola. Algum estranhamento acerca do tema, a princípio, dificulta a realização de atividades propostas, porém, nos momentos em que aconteceram as oficinas, os e as estudantes demonstraram interesse e colaboração às atividades propostas e os temas puderam ser bem trabalhados e problematizados.


MATERIAL PRODUZIDO POR ALUNOS/AS DO 6º ANO B
MATERIAL PRODUZIDO POR ALUNOS/AS DO 7º ANO




MATERIAL PRODUZIDO POR ALUNOS/AS DO 8º ANO
MATERIAL PRODUZIDO POR ALUNOS/AS DO 9º ANO




Referência:
“Minha vida de João” (23 minutos) (2001). Produção Jah Comunicações. Direção Reginaldo Bianco. Produtores: Instituto Promundo; Ecos Comunicação em Sexualidade; Instituto Papai; Salud y Género.