Por: Juliana Graziella Martins Guimarães
No dia 10 do mês de dezembro, apresentei
o monólogo “O Contador de Histórias” para as turmas da disciplina de Psicologia
da Educação na UFLA.
Vestir-me de um brasileiro que é uma
exceção nas estatísticas brasileiras, por quem tenho grande admiração, para
apresentar a sua história é uma experiência fantástica.
Nas turmas do período da manhã, foi
possível perceber a distância com relação a história de Roberto. Os alunos e
alunas ali presentes não conheciam a história e sequer sabiam da existência
dele. Quanto a instituição FEBEM a maioria não fazia ideia do que era e como
essas instituições voltadas a ressocialização de menores não tem estrutura e
incentivo para acompanha-los e reintegrá-los à sociedade. Além disso opiniões
acerca de redução de maioridade penal como tentativa de redução e até mesmo
solução para criminalidade se fizeram presentes.
Foi possível perceber que essas turmas
estavam mais interessadas em questões atuais e presentes nas páginas policiais
brasileiras, do que a real prova de superação dessas estatísticas por um
brasileiro que preferiu escrever e contar sua própria história.
No turno da noite, a turma se mostrou
mais interessada. Alguns conheciam a história de Roberto o que possibilitou uma
conversa mais fluente e agradável. Não estavam presos às questões policiais e
criminais, atendando para os detalhes da história, a desenvoltura e a maneira
como o personagem resolvia seus conflitos e a importância de se permitir ser
ensinado, ajudado e cuidado.
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