quinta-feira, 20 de agosto de 2015

I MOSTRA CULTURAL 18 DE MAIO – PERCEPÇÕES ACERCA DO CAMINHO PERCORRIDO

Claudinéia  da C. Ferreira de  A. Malta 
Wanessa Nogueira de Abreu

A Mostra Cultural para marcar o enfrentamento às violências sexuais contra crianças e adolescentes aconteceu em Lavras no dia 29 de maio no salão de convenções da UFLA. Amostra foi pensada para fortalecer os movimentos de luta contra tais brutalidades integrando as ações do Projeto Borbulhando enfrentamentos às violências sexuais nas infâncias no Sul de Minas Gerais. A partir dela foi idealizada a Mostra Itinerante com o objetivo de problematizar o tema e levar informações e os resultados do evento às pessoas dos municípios participantes.      
Vencedores\as que não estavam presentes no dia do evento foram premiados na sua própria sala de aula onde as leituras das poesias foram feitas por toda a turma. Neste momento também eram passados slides com as premiações em suas três categorias e as pessoas também puderam manusear a cópia dos trabalhos. O percurso foi marcado por relatos sofridos de todos que numa tentativa de aliviar a consciência traziam à tona denúncias que há muito estavam trancadas na alma. A população das cidades pequenas enfrentam o dilema de discar o número 100 e cair direto na PM o que dificulta as denúncias pelo fato de terem que se identificar traz o medo de enfrentar represálias. 
Informamos criteriosamente que as denúncias podem ser feitas anonimamente numa cidade maior por exemplo, mas esclarecemos que em hipótese alguma o crime deve ficar encoberto. Explicamos que sempre existiram tais violências e que o que as faz serem enfrentadas é a coragem que alguém tem de ligar e delatar o criminoso. O impressionante é que todas as escolas por onde passamos tinham histórias tristes para contar. A questão que mais me inquietou foi o fato da história se repetir muitas vezes com a negligência da família, dos\as profissionais da educação e principalmente da própria mãe. 
A Mostra Itinerante foi como uma porta que se abre a novas possibilidades, com ela levamos a Cartilha Todos Contra a pedofilia e o Guia Escolar contendo informações valiosas acerca desses crimes, da vítima e como agem os criminosos. Todo o material foi muito bem explorado por todas as instituições onde passamos, e aproveitamos para divulgar nossos blogs PIBID e Borbulhando Estabelecemos vínculos de amizade e firmamos parcerias para pleitear outras Mostras.
Dessa maneira a Mostra Itinerante cumpriu seu objetivo de problematizar a questão das violências e foi além trazendo a conscientização da população acerca dos perigos que rondam nossas crianças e adolescentes.

OFICINAS ESCOLA ESTADUAL AZARIAS RIBEIRO

Elizabeth Ap. Alves
Melissa Cristiane Pereira

I Oficina 09/04/2015

Turma: 4º ano
Idade: 9 a 10 anos
Escola: Escola Estadual Azarias Ribeiro
Objetivos: Identificar as questões de gênero e seus estereótipos
Materiais Utilizados: “Menino Brinca de Boneca?” – Marcos Ribeiro.
Dinâmica: Leitura do livro “Menino Brinca de Boneca?” – Marcos Ribeiro.
Atividade: Escrever por que é bom ser menina e o por que é bom ser menino.




M começou a mediar oficina, com a leitura do livro “Menino brinca de boneca?” e pediu para que
eles e elas sentassem em roda. E perguntou: - Vocês acham que menino brinca de boneca?
C: Não...a maioria respondeu!
M: - Não? Tem certeza? Por que vocês  acham que não?
C: - Menina brinca de boneca e menino de carrinho.
M: - Vamos prestar atenção na história e descobrir?
As crianças ficaram bem atentas e prestaram bastante atenção.
PH: - As meninas tem medo de bichos, quando veem um bicho saem gritando. Os meninos não tem medo de bicho.
R: Credo!
N: Gostei da última parte da história, quando os meninos estão sujos.
R: Menina suja é porca! Menino brinca de boneca e menina pode brincar de carrinho.
V: Gostei da segunda parte do livro. Tem meninos medrosos também.
J: Meninos são diferentes das meninas no corpo. Os meninos tem bigode, tem pênis e as meninas vagina.
W: Os meninos tem pelos no pênis. (risos)
RA: Menina não tem pelo na vagina. Eu não tenho. Você tem? dirigiu se as mediadoras E e M.
M: - Sim nós temos pelos na vagina por isso somos adultas e você quando for adulta também vai ter (risos).
RA: vocês raspam?
E: sim, quem quiser pode depilar e raspar, como os homens com a barba, alguns gostam dela grande outros fazem a barba, vai do gosto da pessoa.
R: - Os meus já estão começando a crescer.
W: - Eu só gostei da parte da história onde os personagens estão pelados.
L:- Mulheres também podem jogar futebol, vôlei e praticar todos os esportes.
R: - Gostei da parte do livro azul porque somos homens. Menino não brinca de boneca. Se eu ganhar uma boneca dou uma bicuda nela!”
JP: - Por que não inventa a história da menina que ganhou um carrinho?


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

MENINAS

Juliana Graziella Martins Guimarães
Cláudia Roquini

     Documentário dirigido por Sandra Werneck retrata a vida de quatro meninas grávidas na adolescência, que aprendem a dura realidade da vida adulta muito cedo, tendo que conviver com dificuldades e desafios que aparecem nessa difícil fase da vida. A gravidez na adolescência é uma realidade no Brasil, onde os números têm aumentado cada vez mais.
     A cineasta acompanhou durante um ano a vida dessas quatro meninas, numa favela do Rio e percebeu que a gravidez na adolescência pode ser desejada sim, mesmo que isso perpasse a questão da consciência e da sexualidade. Essas meninas, desde cedo assumem muitas responsabilidades dentro de casa, tendo de dividir os estudos, cuidar da casa dos pais e criar os irmãos menores.
    Percebe-se então que o problema da gravidez na adolescência vai muito além da falta de informação, que todos acreditam que as classes mais baixas não possuem. Muita dessas meninas já tem conhecimento quanto ao assunto, e até acesso aos preservativos gratuitos como no próprio documentário consta. Na verdade é possível perceber, que nas classes sociais mais baixas as crianças deixam aquele universo infantil mais cedo para ajudar os pais que precisam sair para trabalhar. Nas classes sociais mais altas, a gravidez na adolescência também é encontrada, porém em algumas situações as meninas abortam por terem planos de cursarem faculdade, ter destaque profissional, por opressão dos próprios pais e acabam sendo sonhos que muitas vezes não fazem parte da realidade da população de baixa renda. Sendo assim é possível perceber que a gravidez na adolescência não é um problema das classes sociais mais baixas, mas é mais comum nelas. No documentário você vê envolvimentos das pessoas com o mundo do crime, meninas que aos 13 anos já estão viúvas.
     A presença das famílias, mães, avós é muito marcante no documentário. Vendo as dificuldades enfrentadas por estas no sustento da família, é possível perceber que somos realmente um produto de nossas famílias. Na maioria das entrevistas com as mães, elas ressaltavam que o seu sonho era um futuro melhor que os delas. Queriam ver suas filhas estudando e planejando uma vida melhor do que a realidade vivenciada por elas nesse momento, em que elas necessitam ter uma postura como esposas e mães, onde de fato deveriam estar brincando, estudando.
      O assunto é bem delicado e envolve uma série de questões complexas relacionadas a programas de governo, planejamento familiar, questões religiosas dentre outras. O que se destaca é que não basta o governo criar programas e distribuir métodos contraceptivos como pílulas e preservativos, se este não dá condições de sustento mais digno às famílias, para que essas possam desempenhar melhor o seu papel, sendo os pais e as mães mais presentes na criação dos seus filhos e de suas filhas.
  
*A menina das fotos se chama Evelin, tem 13 anos, engravidou de um namorado de 22 anos que acabou de sair do tráfico de drogas, passado algum tempo das gravações ela ficou viúva.






terça-feira, 18 de agosto de 2015





MILK: A voz da igualdade


Natany Avelar 
                                                                                                 Priscila Oliveira  

Sinopse: Milk, um rapaz carismático e bem-humorado, muda-se de Nova Iorque para São Francisco em 1972, onde planejava com o namorado abrir uma loja de fotografia na rua Castro, onde à época os gays não eram bem recebidos. Milk resiste e em pouco tempo todo o bairro Castro torna-se referência na luta pelos direitos dos homossexuais.
A luta de Milk o transformou em um líder político, comandando campanhas nacionais pelos direitos dos gays, recebendo inclusive apoios conservadores, como do então aspirante à presidência Ronald Reagan.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Milk_(filme)

Reflexões

O filme é baseado na história real de vida de Harvey Milk e trata de questões sociais muito relevantes, além de demonstrar claramente as relações de poder e a capacidade de transgressão que possuímos.
Vivemos em diversidade, sabendo que cada pessoa é única, mas essa diversidade ainda incomoda uma parte da sociedade, que teima em negá-la, em fingir que nada acontece . Mesmo sabendo que não há nenhum ser igual ao outro, as pessoas tentam criar padrões, verdades absolutas,“modelos” de vida em sociedade tidos como ideais.
Mas onde ficam as características pessoais? Onde ficam as próprias escolhas? É melhor viver “fora do padrão” ou ser infeliz? “Cada qual tem sua história de vida , estrutura genética , psíquica e acima de tudo está envolvido com sua crença, cultura, valor e realidade socioeconômica e espiritual” (NASCIMENTO, 2011). Assim, todo e qualquer ser humano é diferente, não existindo a dicotomia entre o certo e o errado.
Mas ainda assim, uma parte da sociedade (a que se considera certa) quer controlar a vida de todas as pessoas, fazendo com que as diferenças sejam vistas como erradas ou absurdas. “No filme fica explícita a obrigação social da invisibilidade, do silêncio em torno das relações homoafetivas, do estigma e preconceito”(KLEBA, 2011).
Preconceito esse que faz com que muitas pessoas deixem de ser ou escondam quem realmente são por medo ou insegurança. “No Brasil continua a existir um grande número de pessoas homossexuais que não assumem sua condição perante a sociedade, perante a família” (KLEBA, 2011).
E então, será justo querer que os outros sejam como a sociedade, na qual todos e todas nós estamos incluídos, ou vale a pena expandir os horizontes da percepção de que cada ser é único e precioso na sua individualidade.



  
REFERÊNCIAS

KLEBA, Teresa. Reflexão sobre o filme "Milk, a voz da igualdade" - Por Teresa Kleba. Disponível em: <http://petsso.blogspot.com.br/2011/05/reflexao-sobre-o-filme-milk-voz-da.html)> Acesso em: 05 de ago. 2015.

NASCIMENTO, Adriana Camargo do. Preconceitos em sociedade: Homossexualidade. Disponível em: <http://www.campograndenews.com.br/artigos/preconceitos-em-sociedade-homossexualidade> Acesso em: 05 de ago. 2015.